sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A MARAVILHOSA COZINHA INDÍGENA

Para mim a razão de toda essa proteção aos índios brasileiros só se justifica pelo aspecto humanitário. Sempre achei os nossos índios um "povinho-bunda" que não nos deixou nenhum legado que nos fizessem sentir orgulho dos nossos antepassados, aí se juntaram com português e africanos e deu no que deu. Em toda américa do Sul os "índios" construiram pirâmides, criaram calendários, astronomia, medicina, artes, música e uskambau, e ainda preservaram a natureza. Por aqui nada pra se dizer "Deus benza".

Mas nem tudo está perdido, escavações em Belo Monte encontraram um "papiro de receitas" com algo inusitado, a culinária indígena.

Vejam que primor a receita logo abaixo, a praticidade, os ingredientes absolutamente orgânicos, um luxo. Te cuida Olivier Anquier.


CULINÁRIA INDÍGENA

Uma das maiores contribuições dos índios para a humanidade é sua fabulosa cozinha, aqui ensinaremos um dos mais requintados pratos da gastronomia silvícola, além de dicas de etiquetas e códigos de barras.
Prato do Dia:
SUSHI CAMAIURÁ AO ARROTO
Ingredientes:
PEIXE SURPRESA (de qualquer cor, espécie e tamanho), SALIVA e SUCO GÁSTRICO.
Ritual e Preparo:
- Acordar bem cedinho, nada de banho, escovar os dentes, tirar remelas, nada disso, é acordar e sair correndo pro primeiro riacho que encontrar.
- Preparação do espeto: procurar um galho de pau comprido, lascar o danado na unha e afiar a ponta, ou basta achar um pé de sisal no mato e o espeto tá pronto, é só arrancar.
- Entre no riacho, aponte a flexa (espeto) na primeira coisa que se mexer debaixo d’água, dê uma FREXADA e saia correndo, se não for um jacaré, você volta e pega o seu delicioso peixe surpresa, que pode ser até um cari, não importa, surpresa é surpresa.
- Dica: só entre na água até o nível da cintura, não se esqueça de que você e um índio, portanto, só anda nu, o cheff aqui não se responsabiliza por acidentes na cozinha.
- Em seguida você olha nos olhos do peixinho que você acabou de pescas, não se impressione, ele tem esse olhar de peixe morto, mas é cafajeste igual aos outros, portanto, não tenha pena dele, abra sua boca e coma-o desesperadamente, afinal, você está deste as 4 da matina morrendo de fome e só conseguiu essa piaba para o almoço, manda ver, sem dó nem piedade.
- Agora a mágica acontece, neste momento, você adicionou à sua receita os ingredientes que faltavam a esse prato tão sofisticado: saliva e suco gástrico.
- Comemore essa maravilhosa refeição com um sonoro ARROTO e “bon apetit”.





Humor e Bom Humor

Não parece, mas o título acima trata de coisas completamente diferentes, ainda que complementares. O humor consiste na elaboração humana de variados feitos com o intuito de se fazer rir, seja uma piada escrita ou falada, um anúncio publicitário, uma charge, um stand-up, uma esquete, uma foto etc., não importa, o que se quer é arrancar o riso alheio, para isso usa-se subliminarmente as informações que o outro já tem na memória. Ao humorista cabe estimular o ouvinte, a ser o estopim daquela situação conhecida, latente, que remete o ouvinte em sua memória de algo engraçado, são sinapses, e quanto mais instantaneamente se estimula a memória do outro, mais riso aquela situação provocará. Por isso que não se ri de piadas em que o contexto não é familiar, não se capta anedotas de costumes dos quais não temos conhecimento, aí é que está a mágica do humor, e aí é que está o problema também. O que quero dizer é que o efeito hilariante de um feito humorístico, seja ele qual for, depende muito mais do ouvinte que do humorista. Evidente que o humorista tem que ter bom senso (não vá contar piadas de sogra para a mãe da sua mulher), pois, apesar do riso ser o desencadeamento de algo na cabeça do ouvinte, o contexto, a formação, a inteligência, a religião, o nível cultural, o estado de espírito deste têm que ser levados em conta. Contudo, agora entrando na questão do Bom-Humor __que nada tem a ver com a qualidade do humorista__ algo da personalidade do ouvinte, do seu estilo de viver a vida, enfim, do seu temperamento. O Bom humor é aquele traço pessoal, para o qual o indivíduo se predispõe a encarar a vida de uma forma mais feliz. Para isso é preciso estar despido de preconceitos, de rancores, de insatisfações, para estes o trabalho do humorista é bem mais tranquilo. Sem erro, tanto o humor quanto o bom-humor se potencializam quando em determinada mente, além do estopim da piada alheia, elas se encontram. Rir-se, nestes casos, até das piadas de Isaurinho e Cientista.

Este blog tenta ser engraçadinho, nada mais que isso, uns acharão o maior barato, outros o detestarão, e isso vai depender destes fatores aqui descritos, bem como daqueles outros relacionados aos fatores sociais de cada leitor, mas a proposta é fazer um humor autêntico, baseado naquilo que acredito enquanto humor, neste caso afinidades surgirão, pois, como ficou claro, a piada está com você, são suas lembranças e suas sinapses que irão fazer você rir, não o engraçadinho aqui do outro lado.

PS – O autor não tem pretensão nenhuma de ser humorista, mas como escreve e gosta do estilo, vai mandar ver aqui e seja o que Deus quiser.